segunda-feira, 4 de julho de 2011

Analisando Beatles-Let It Be(1970)

Let it Be:
Irmãos, é com tristeza que eu termino esta última análise de Beatles. Depois de muito MESMO eu resolvi fazer este post sobre um dos álbuns mais estranhos dos Beatles (e um estranho ruim...). Feito com sobras de estúdio do documentário Let it Be/Get Back e com uma orquestração muito mal encaixada em certas faixas, quando dizem que ele é um frankeintein  musical, não estão mentindo. Bem, mas vamos as análises, por que também tem muita coisa boa \o/:

Two of Us:
Bem maisoumenos. Com um tom meio country e bucólico. Vocal duplo de Lennon e McCartney, o baixo feito na guitarra por Harrison ficou extremamente original. Mas os grosso da música se faz em dois violões, ficaram bem legalzinhos até. Mas! Não se preocupem, agora vem uma que é do caralho...

Dig a Pony:
Quem diria que um conjunto de sobras de estúdio de Lennon renderiam uma música tão épica. Uma das melhores do álbum, na minha opinião. Foi uma das faixas tocadas no histórico show do telhado do Abbey Road. Com uma guitarra solada extremamente linda, uma bateria explosiva e toques em órgão fazem essa ser uma das minhas faixas preferidas do Let it Be.

Across the Universe:
...nem vou cometar...Só a melhor faixa do álbum inteiro. E acreditem, conseguiram piora-la. Ao ser comparada com a versão original, a do álbum percebe-se que foi desacelerada, deixando o vocal de Lennon um tanto quanto choroso. Além de a orquestração bizarra dar um tom exageradamente épico a uma música que foi feita somente para violão e talbura indiana (tocada por Harrison). De qualquer jeito, é linda. Ficou linda, tão linda que foi enviada pro espaço (#fato)

I Me Mine:
Chora povo! Essa foi a ultima música gravada pelos Beatles!!! E ainda mais sem a participação de Lennon. Esta composição de Harrison, mesmo assim, ficou maravilhosa. O órgão ficou extremamente dramático (só que dramático dum jeito ótimo), além de ter a qualidade nata de toda música do Harrison. Ah! Esta é a unica faixa em que a orquestração não ficou bizarra. Ao invés disso, ficou ótima! I Me Mine tinha espaço pra uma orquestração bem cheia. Bem, por aqui acabam as melhores faixas... Agora tem bem poquinhas que salvam

Dig It:
Bem, pra falar a verdade, essa ai não salva. Tem 50 segundos, uma melodia em guitarra e órgão, um monte de frases soltas sem nexo. Só vale pela vozinha engraçada que Lennon faz no final

Let it Be:
Caralho...Por mais que nomeie, essa é a pior faixa do álbum. De longe é a pior. Ok, ok. O piano dela é legal, a orquestração também encaixou muito bem, mas não... Li em uma crítica que a vocal de McCartney parece com a de um coroinha cantando uma marcha fúnebre. Além de o solo de Harrison conseguir ser extremamente chato (deve ter sido feito de má vontade...). E continuando com esse solo, se tu escutar a faixa inteira, repare no final como o solo acaba se chocando com o vocal de McCartney! Palmas pra quem fez a mixagem (¬¬).

Maggie Mae:
Música tradicional de Liverpool. Incrivelmente, é uma das melhores faixas do álbum, pena que só dura 40 segundos...

I've Got a Feeling:
A "Dig a Pony" do McCartney. Esta faixa soa crua por ter sido gravada ao vivo no telhado da Abbey Road também. Marcada com uma guitarra distorcida ritimada e uma letra empolgante, cantada inicialmente por McCartney e depois por Lennon. No final as duas letras se misturam gerando um efeito muito genial!

One After 909:
Uma composição de Lennon em seu começo de carreira. Ela não é uma faixa que eu posso chamar de boa, mas é inegavelmente a faixa mais divertida e dançante. Com inspiração claramente cinquentista e órgão simulando piano honky-tonkye fazem eu ter um gosto particular por essa música...

The Long and Winding Road:
Uma baladinha bastante bonita de McCartney. Se tratando de baladinhas do McCartney, essa é uma das melhorzinhas. Parece até trilha sonora de filme épico dos anos 30, mas a sua simplicidade original foi estragada pela orquestração bizarra.. Mas vale a pena...

For You Blue:
Ultima faixa de Harrison e uma das mais originais do álbum. O que mais chama atenção na música é a guitarra havaiana tocada com slide por Lennon e a bateria hiper-divertida. Apesar do nível das composições de Harrison ser sempre alto, esse é um tanto mais alto que as outras dele mesmo! Recomendo que vossas mercês vão agora no YouTube e procurem, e se divirtam com esses solos em guitarra havaiana, duvido que achem isso em outro lugar...

Get Back:
McCartney faz uma forcinha e encerra o álbum em grande estilo. Apesar de uma letra absurdamente besta e tonta, esta faixa ficou muito boa. O projeto Get Back era todo fixado na ideia de os Beatles voltarem com a sonoridade antiga (guitarra solo, guitarra base, baixo, bateria), e esta meta foi conseguida magnificamente! Um rock'n'roll super fodalhão e enxuto, capaz de te fazer sair por ai dançando! Mas depois dele o sonho acaba...

Pois é irmãos, aqui termina minhas análises de Beatles... A banda de dissolve em meados de 70 por diversos motivos, mas deixando uma marca indelével na música e na cultura mundial....

Druguis, pretendo fazer análises de outros álbuns... Gostei dessa vida de crítico.
Boa sorte e um forte abraço.