segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Para Ser Ouvido Com Bateria e Guitarras Elétricas E Um Baixo Tipo dos Smiths


Vejo a vida como um raio.
o quanto eu valho?
onde eu caibo?
Como saber o final das coisas
que nem se deram o trabalho de acontecer?

No fim o que resta de você?
e de nós e dos outros
do que era muito pouco
e de quem me chamava de louco
e de nosso tempo que nunca mais vai voltar?

Mas a saudade não vai nos consumir,
as luzes do futuro são mais fortes
que as brasas do passado,
e não é o grito alto que fará a dor sumir.

E logo estaremos velhos e cansados
a vida marcada na nossa pele
os queimados e cortes e riscados
o peso das escolhas já feitas
nos ancorará nesses momentos.

O passado não é eterno
O passado não é nada eterno
Ele dança com a memória
com os almejos e contextos.
E o presente é um instante.
Só o futuro é eterno,
só o futuro é constante.

E como é bom
não ter certeza
do que virá!