segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Analisando Beatles-Revolver (1966)

Revolver:
O segundo os críticos,  este é o segundo melhor álbum dos Beatles e o terceiro melhor da historia. Neste a banda entra de cabeça nas grandes produções, cada vez com arranjos mais complexos, cheios e épicos. Analiserei-o faixa a faixa. Ah! Agora começam albums com musicas casa vez melhores e, pessoalmente, aqui começa a parte boa dos Beatles...

Taxman:
Harrison, Harrison. Lembre-se se pagar seus impostos. Pois o cobrador esta chegando. Pela primeira vez os Beatles criticam uma instituição governamental. Neste caso, a cobrança exessiva de impostos do governo Britânico. Com riff's tão pesados e incisivos quanto a letra, torna esta music como o inicio perfeito d um album feito para revolucionar.

Eleanor Rigby:
Chore ao ouvir uma orquestra tocando e uma profunda reflexão sobre a solidão. Esta musica é tão profunda que se torna a primeira idéia quando se fala de Revolver. Contando a historia de uma igreja abandonada, somente com o padre, uma senhorinha que reza e o cão de guarda. Há quem diga que esta musica é inspirada no comentario de Lennon sobre o final do Cristianismo....

I'm Only Sleeping:
Extremamente original. Feita depois de muitas tentativas para fazer-la numa frequência exata para causar sono (é impossível ouvi-la sem bocejar). Conta levemente os desejos sonolentos de alguém que não quer de jeito nenhum ser acordado. O que mais marca esta musica são os solos de guitarra ao contrario, dando um efeito unico (sério, boto ela pra rodar quando tou com insônia :D). 

Love You To:
Enquanto Norwegian Wood mecheu com a musica ocidental por efeitos de cítara. Esta se torna ainda mais significativa pois é INTEIRAMENTE com instrumentação indiana. Só que usando tabla ao invés de cítara, e mostra o quanto Harrison se interessou pela Índia.  Ficou ótima! Talvez a melhor musica romântica dos Beatles... 

Here, There and Everywhere:
Lenta, calma e com uma mensagem simples. Extremamente relaxante. Uma perfeita baladinha água-com-açúcar de McCartney. Com percussão, back-vocals e acordes no violão extremamente lentos. Bem, mas, ao que parece, o apaixonado da musica tem um amor praticamente onipresente.

Yellow Submarine:
CARALHO!!! Esta  musica me fez criar gosto por Beatle, além de a primeira que aprendi a tocar no violão!!! É extremamente difícil analisa-la friamente como a maioria das musicas! 
Ta bom, vocal de Ringo que cola na cabeça, letra simples, infantil. Ha quem diga que é referencia a um anti-depresivo que vinha em pilulas amarelinha e que dava uma boa duma alegria (mas eu NÃO acredito nesta teoria). Usando efeitos de borbulhas que ficaram otimas e sons de navio. Esta musica é tão boa que inspirou um filme. Além de ser uma das mais famosas dos Beatles (IN THE TOWN, HERE I WAS BORN parei..)

She Said She Said:
Passada a empolgação da ultima musica. Esta musica trata de uma conversa lisérgica, o que era suficientemente comum naquele tempo. Usando riff's de guitarra bastante repetitivos. Esta musica, além de grudar na cabeça, te faz ter um gostinho de experimentar conversas sem sentido.

Good Day Sun Shine:
Chega a ser nojenta de tão feliz e otimista. Esta musica mostra como a musica dos anos 30 influencia cada vez mais algumas composições. Com um piano legitimamente da Éra do Radio que é capaz de te fazer se ver num daqueles bares antigos bera-de-praia. Além de ficar cantarolando ela por umas duas horas (ja deu pra perceber que o Revolve é um album extremamente colante).

And Your Bird Can Sing:
Bastante icônica. Com uma mensagem de otimismo (denovo?!). Tipo, vença suas dificuldade, cante, vôe e o escambal todo. Com um estilo musical bastante praiano e bonitnho. Duas curiosidades. Esta musica tem bater de palmas do inicio ao fim, so que muda de volume conforme a musica, além de ela serum solo constante de guitarra.

For No One:
Linda, linda, linda. É incrivel ver como um piano, uma trompa e um vocal são capazes de gerar uma musica tão linda. Extremamente tocante, capaz de te fazer entrar na historia de amor do nosso amigo da musica. Particularmente, uma das melhores do álbum.

Doctor Robert:
TA BOM! Vou cair no clichê de dizer que esta é uma musica que trata de um tal de Robert que trazia drogas na canéca!  Fazer o que, ñ falam nd de mais interesante sobre ela. Parce que ignoram os efeitos de guitarra extremamente geniais de Harrison e os backvocals épicos de McCarteney, fico puto com esses clichês...

I Want to Tell You:
Harrison podia ter se puxado melhor. E valida enquanto musica. Além de ser muito bonita a letra. Mas tem um vocal bastante simples, riff's bastante clichês e uma bateria fora do tempo. Bem, ñ posso falar nada, pois não conseguiria fazer melhor...


Got to Get You Into My Life:
Influenciada pela Motown, gravadora norte-americana de Detroit que vendia demais nesta época (nota: esta gravadora lançou o Jackson  Fife...).  Com muitos instrumentos de sopro, uma musica cheia de arranjos e um vocal cheio e variado. Parece musica de JokeBox dos anos 50.


Tomorrow Never Knows:
Assim se termina um álbum! Esta sequência e finais épicos se manteria por muito tempo na historia dos Beatles.  Esta musica foi inspirada no Livro dos Mortos Chinês, que era usado como "manual de instruções"para sair de uma viagem psicodélica.  Cheia de efeitos únicos e fitas ao contrario, com um ritmo hipnotizante e assustador. Um ensaio psicodélico sobre o que estava por vir. 


E assim termino o post. Lembram-se de quando falei ser o 3º melhor album de rock lançado? Então, 6 meses depois, em resposta a estes a banda americana Beach Boys lança o Pet Souds, o segundo melhor. E em reposta, os Beatles fazem O melhor! Sgt. Pepper's Lonely Heart's Club Band, com todo seu surrealismo e poesia. Tema de meu proximo post. Desejo sorte a todos...


Um comentário:

  1. Rigotti

    Escute o Pet Sounds e faça uma dessas suas ótimas análises. Mas só depois do Let it Be.

    ResponderExcluir