segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Suspiros pelas Ruas

Triste anda eu. Eu triste de mochila nas costas com frio de noite em Curitiba. No concreto limpo da Avenida Iguaçu, bairro Água Verde. Estava triste.
Mas me lembrei dum sábio japonês, que andava pelas ruas de Maringá. Lembro que um dos seus clichês era abaixar a cabeça, passar a mão nos olhos fechados de oriental, soltar um longo suspiro e falar um definitivo "Ai ai, é a vida...". Um dia ele fez isso no asfalto artificial e novo da Avenida Tiradentes, Zona 1.
Lembre dessa cena e ri. Aceitei minha condição, percebi o quão estúpido eu tava sento e plagiei a atitude do sábio. Olhei pra cima enquanto o vento noturno gelado de Curitiba jogava meu cabelo pra trás e falei a definitiva frase. "Ai ai, é a vida..!"

Devolta rotina normal. Ando perdido nas ruas estreitas de Florianópolis. O sol aparece mais forte, o inverno está acabando. Descendo uma lomba em meio a obras públicas abaixei a cabeça, senti o fedor da maresia e da multidão e suspirei. "Ai ai, é a vida...".

Isso foi na Rua Jerônimo Coelho
no Centro

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