segunda-feira, 18 de junho de 2012

Prova de Literatura

Era uma manhã de inverno em Desterro. Aula, normal. Não dá pra mudar o fato de eu ser um moleque fracassado de ensino médio...
Penúltimo período da aula da manhã, professora de literatura ia entregar a provas corrigidas.
Lembrei da prova. Caia coisas sobre Modernismo de 22, mais especificamente uma análise do livro "Amar, Verbo Intransitivo" do genial Mário de Andrade (porque ela não cobrou Macunaíma, porque?!?!). A segunda questão discursiva pedia pra explicar o porque do nome do livro. Amar era verbo transitivo... E eu ia saber??? Em todos esses anos de colégio as aulas de gramática entraram por um ouvido e saíram pelo outro com uma destreza tremenda!
Se eu tentasse responder sério e enrolando, eu errava. Se eu deixasse em branco, eu errava. Resolvi ser criativo!

Professora entrega a prova, li denovo minha resposta genial!:
-"Oh, amores e gramática, duas imensuráveis incógnitas na minha cabeça!"
Do lado dela tinha um número zero bem simples escrito. Mas a professora, uma baixinha gorda, extremamente inteligente e lá com seus 35 para 40 anos, deixou uma notinha de rodapé na minha resposta!
-"Poético!"

Termina a aula, ia filar boia em casa. Saí na rua, estava menos frio, coloquei o MP-Coiso nos ouvidos. Fiquei andando ouvindo Vaccines.

I'LL WATCH YOU RISE ON MY BACK FROM THE GROUND!

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