Do que os cromados do teu carro zero.
Prefiro o mato agreste e a erva daninha
Ao teu frívolo refrigerante de latinha.
Prefiro lavrar a terra batendo enxada
E caminhar longas e belas trilhas
Aos ruídos das tuas academias,
Onde as pessoas correm paradas.
Prefiro comer bergamotas em julho
À comer essa tua química,
(ou deveria chamar de entulho?)
Não quero o tua sala com ares condicionados.
Quero a música dos artrópodos, dos ventos
e dos pássaros, dos mais ancestrais bardos.
Prefiro ter a cara queimada de Sol
E os braços fortes de quem vive na labuta,
À viver cercado de confortos e mentiras,
Pois sei que estas são ignotas e malignas!
E sei que minha espécia é talvez a única
Que deliberadamente opta em prol
De somente agir como dizem as linhas.
Não se firme às suas certezas, meu jovem
Eu sei quais são seus anseios e necessidades.
E sei que tu pode encontrar a plenitude
(o amor, a paz, o equilíbrio e a virtude)
Estando longe dos falsos confortos
Dos desnecessários confrontos
E de todos esses outros vícios e malefícios das cidades.
Não acredito na dicotomia homem/natureza, acho que estamos realmente integrados aos sistemas da Terra e toda sua dinâmica. Estamos fazendo o que qualquer espécie faria, estamos nos reproduzindo e consumindo recursos. O problema é que qualquer população que passa por um período de crescimento abundante e consome todos os recursos acaba extinta... Quanto tempo demorará para o planeta Terra repita a história que ocorreu na Ilha de Páscoa?
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